segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mas ela estava viva




Hoje vi algo que me deixou pensativo. Um momento de poucos segundos em que pude refletir sobre muitas coisas que aconteceram e que estão acontecendo na minha vida. Não que eu esteja me achando desmerecedor de estar passando por uma "fase dessas" de surpresas estranhas, que me deixaram mais tristes por suas consequências do que por suas causas. Mas é que ninguém quer sofrer, muito menos quando se está num momento tão bom. Aprendi a ser forte e saber que tudo passa, inclusive aquelas cenas da vida em que você faria tudo para que o tempo parasse e pudesse se imortalizar junto com a ocasião.

Estava voltando do estágio e, de longe, me deparei com uma borboleta. Aparentemente achei-a normal, ela estava tentando subir numa parede. Ao me aproximar, notei que havia algo de estranho com aquele inseto. Ela não tinha asas, ou estavam cortadas. A fragmentação do seu corpo era perfeita, com antenas e patas bem próprias das borboletas. O que a tornava diferente era exatamente a ausência de suas asinhas. Coisa que seria de fundamental importância para a sua sobrevivência. (Não notei se as suas patas estavam feridas).

No trajeto, até me aproximar dela, notava o quando se esforçava para subir na parede. Como se estivesse assustada com medo de ser pisoteada, ou de ser vista como "a estranha". Não havia ninguém que a tirasse dali e a pusesse no lugar onde queria tanto ir. Ela não tinha independência, não tinha sequer outra borboleta sem patas por perto, por exemplo, para dizer: "Olha, aquela ali também está na mesma situação que eu". Ela estava só, sem expectativa alguma e correndo sérios riscos de vida, afinal estava numa calçada perto da rua.

Metaforicamente falando, aquela borboleta podia se jogar debaixo do primeiro solado de sapado que aparecesse. Podia ir até a rua e esperar o próximo automóvel passar por cima dela. Pelo que vi a única coisa que restava nela era a própria vida. Não tinha ninguém, mas tinha a si mesma; não tinha asas, mas ainda estava respirando. E até eu me distanciar dela, notava que sempre que caia, ela voltava e tentava subir mais uma vez na parede. O que mais me deixou surpreso foi o fato dela não desistir, de sempre querer subir, mesmo impossibilitada.

Agora estou pensado naquela borboleta. Queria tanto ter registrado uma imagem dela, mas no momento não tive como fazer isso, infelizmente. Não sei se ainda está viva, se alguém a tirou dali ou se conseguiu subir na parede e chegar aonde queria. Só sei que ela me fez pensar em tudo que está a minha volta: minha família, meus sonhos, minhas atitudes, as atitudes dos outros para comigo, meus amigos, minhas paixões. Loucura ou não, a análise foi inevitável. Fico pensando como poder acertar mais que errar, amar mais que odiar, sorrir mais que chorar, tentar mais que desistir, esquecer mais que remoer.

Como diz o fragmento de uma música que eu adoro (One Step At A Time): Nós vivemos e aprendemos a dar um passo de cada vez. Não há necessidade de correr. É como aprender a voar, ou se apaixonar. Vai acontecer quando tiver que acontecer. Aí nós descobrimos por que um passo de cada vez.” Vou esperar que o tempo mude, não importando como isso ocorra.

Na vida, a prática é sempre mais importante que a teoria. O fazer é sempre mais preciso que o dizer. Penso se devo mudar de comportamento, penso se devo continuar como está. Não sei, e acho que nunca vou saber. Já que a vida é uma eterna oscilação de causas e consequências, como posso querer afirmar que nunca ficarei triste por isso, que nunca mudarei com aquilo ou que sempre amarei aquilo outro? Então é melhor deixar que o tempo passe e me mostre a melhor forma de agir. E assim, como aquela borboleta, continuarei sempre querendo subir, mesmo com as asas cortadas ou machucadas.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Um pouco mais dos outros em mim


Estou notando que, com o passar do tempo, as pessoas se aproximaram de mim de uma forma diferente. Com abraços mais fortes e beijos mais demorados. Houve uma mudança radical em mim, eu sei, e acho que foi por isso mesmo que essas pessoas vieram até a mim mais “à vontade”. Estou me sentindo muito bem, obrigado, com essa nova vida que estou levando. Vida essa que as outras pessoas atribuíram a mim. Agradeço por isso.
Tive a oportunidade de crescer bastante aqui em Fortaleza. Coisa que no interior eu jamais conseguiria. E, para isso, tem-se uma explicação lógica. No interior, a maioria das pessoas, carrega uma tradição que eu nunca, nunca mesmo, mesmo sendo de cidade pequena, fui adepto: o conservadorismo. Acho que isso só pode prejudicar, partindo do pressuposto que esse tipo de comportamento exige que a pessoa não tenha a mente aberta, não saiba compreender os outros como eles são, e no final das contas, só olha para o próprio umbigo, e ainda acha que não precisa ser limpo. Evito estar perto de pessoas assim, intransigentes. Essa intolerância à pessoas “tradicionais” eu adquiri na minha própria cidade natal. Nunca gostei.
Depois de um tempo, você vai vendo que não sabe de nada da vida. Pessoas que você considerava amigas, na verdade, não são, e nunca foram. Gente que com um ano de convivência tem mais sinceridade no olhar do que outras, que passaram três ou quatro anos congelando com você. E com essa nova visão do que acontece ao seu redor, você vai se moldando.
Eu mudei, assumo, adorei isso. Mudei de comportamento, mas a minha essência continua a mesma. Ainda sou aquele louco por vinagre no frango assado, aquele apaixonado pelos meus antigos amigos (os que moram aqui e os que ainda moram no interior) pela minha família e pelos meus outros (novos) amigos, aqueles que, em um ano de convivência, eu já os considerava como tal.
Às vezes eu demoro para postar aqui algo que me agrada. Todos os dias, passo por situações que dariam laudas e laudas de comentários, mas quando chego em casa, um amigo me liga, falo com meus pais e irmãos, daí, não tenho tempo para escrever. E com isso, o tempo vai passando e, muitas das coisas que eu gostaria de registrar, ficam apenas na minha memória. Aproveitar ou gastar o tempo com quem se ama é bem melhor.
Quero aprender. Aprender e crescer. Sempre nessa ordem. E isso, só se consegue vivendo e convivendo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Asinhas cortadas




Até hoje, desde o meu segundo semestre da faculdade, me questiono qual o verdadeiro propósito de ser jornalista. A imparcialidade tão canonizada e as disciplinas de ética que estudamos se esvai tão facilmente. É claro que ser jornalista vai além de ser profissional do texto, é um profissional que lida com a sociedade e a verdade, antes de tudo. E eles, para sobreviverem, precisam se sujeitar às normas das empresam que os bancam. Mas isso não é pressuposto para a ridicularização da profissão.
Esse blá, blá, blá de não ter ética já faz parte da mediocridade que ronda o jornalismo. Virou banal e normal ser um profissional antiético. Há que diga que é mais fácil de não perder o emprego. Mas, às vezes, a ética ou ausência dela pode nem ser o principal carma de determinados profissionais. Em muitos casos a frustração toma conta do ser humano e acaba afetando a noção.  Enfim, cada profissional sabe as contas que têm que pagar no fim do mês, e por isso faz de tudo para se manter no mercado.
 Essa “raça” (que para mim soa como algo pejorativo) tão falada pelo meu professor da disciplina de Impresso I é bastante útil para eu poder associar a alguns profissionais de comunicação que, até então, eu admirava.
FLOP UP para você, Amorim.
#semmais.

domingo, 30 de janeiro de 2011

A transparência da boa revolução



Se tem algo que me deixa irritado são as pessoas que se acham um pouco mais inteligentes que as outras só porque leram uma única vez ( incompreensivamente ) um poema de Augusto dos Anjos ou souberam que gostar das músicas de Chico Buarque são sinônimo de inteligência, e, por isso, curtem. Admiro a diversidade cultural, e,  por isso, fico com extrema impaciência quando vejo alguém dizer que cultura é escutar isso, bom gosto é ler aquilo ou até mesmo mentir para si mesmo, com vergonha dos outros, seus gostos e desgostos.

Lembro que na minha época de colégio existia meia dúzia de alunos, que nem sequer no ensino fundamental tiveram a oportunidade de entrar, viviam falando que a Rede Globo era uma perda de tempo, que a Veja era revista para burros e que só conseguiam dormir ao som de the beatles. Até um jornaleco mal escrito e pessimamente diagramado em papel A4 fizeram. Escreviam sobre todos os problemas sociais, numa tentativa zigótica de serem irônicos.

A minha raiva não era por eles serem vulneráveis à opinião de alguns professores, mas sim, pelo fato de usarem a hipocrisia da forma mais indiscreta possível. Como posso falar que odeio a homofobia, se nem sequer respeito um colega de classe só por ser homossexual? Como ouso comentar sobre a falta de solidariedade, se, para mim, é incômodo demais ajudar a uma senhora de idade a atravessar a rua?  " Odeio o consumismo ". Detalhe: eles eram adeptos das roupas de marca e da deliciosa Coca-cola.

É, gente, sou um tanto acomodado para querer mudar o mundo. Prefiro ser assumidamente sedentário, que viver atrás de máscaras tentando solucionar problemas que nem eu mesmo creio que exista mudança. A oportunidade que tive de conviver, mesmo que forçadamente, com "revolucionários" não foi nada agradável. Não acho que para amar ao próximo seja necessário divulgar que ama. Ame e seja solidário sem forçar a barra. As pessoas sabem quem é bom e quem é ruim. 

Existe um ditado chinês que diz: "Aquele que sabe e não faz, não sabe". Acho incrível essa frase e creio que é oportuna para as pessoas que amam querer mudar o mundo, mas não saem debaixo do edredom de suas camas king.

Indo no embalo do assunto, disponibilizo o clipe da música Price Tag ( preço ), da cantora Jessie J, que gosto muito. O clipe saiu hoje e a letra é afim aos meu comentários. Aproveitem a música, é ótima.




quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nicki Minaj me entenderia

Não cosigo dormir e nem estou em casa também. Estou na casa do Italo, um dos meus melhores amigos. Ele já conseguiu dormir e eu ainda aqui, em frente ao pc. Já escutei todos os tipos de músicas, de todas as formas e estilos para ver se " pego no sono ". Já enjoei (mentira) de Pixie Lott, Pink, Leona Lewis, Rihanna, Carrie Underwood, Nicole Scherzinger e Jordin Sparks.
Fui assistir a um filme no Iguatemi, quando volto, Italo me dá a melhor notícia que eu poderia ouvir hoje. Disse que Rihanna e Katy Perry vão vir para o Rock In Rio em setembro. Nossa, comuniquei logo a minha irmã Simony, que mora em São Paulo. Vou, se Deus quiser.
HAHA, já ia esquecendo. Hoje fui ao McDonald's com meu colega de trabalho, o Bruno, chegando lá, fiz o meu pedido e sentei-me. Quando big mac chegou à mesa, notei que tinha esquecido de pedir sem verdura e sem molho especial. Odeio o alface e aquele molho gasturento. Dirigi-me até o balcão e disse: Moça, desculpa, mas eu esqueci de dizer que era sem verdura e sem molho, você poderia refazer? Ela olhou com uma cara de nausea, inclinando a cabela para o lado dizendo monossilabicamente que sim. Voltei para esperar o novo sanduíche.
Virei-me para o lado para perguntar se estava perto, quando vejo, uma das atendentes estava falando indiscretamente para a outra: "Ele sempre esquece. Toda vez que vem para cá, ele esquece". Falou isso balançando a cabeça negativamente. Eu fiquei com muita raiva e disse: Você é muito discreta, parabéns. 
Fiquei com vontade de ir lá e perguntar se ela ganhava menos porque uma pessoa esquecia de falar alguma coisa ao fazer o pedido. Mas o Bruno não deixou que eu fizesse isso. uhauhauhauhauauha.
Isso foi o mais trash que aconteceu hoje. Por incrível que pareça, eu me contive, aliás, o Bruno me conteve.
Até, menines.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Um passo para morrer de ânsia

Hoje acordei meio cansado. Não sei o porquê desse cansasso todo. Estou de férias, no estágio está tudo tranquilo, dando tudo muito certo. Mas sei lá, é como se eu tivesse enfadado de ver os mesmo rostos todos os dias, as mesmas queixas dos outros e até mesmo as minhas mesmas reclamações. Adoro todos os meus amigos, inclusive, foi ótimo ter saído com eles hoje ( Wolney, Saiani, Bruno e Débora ), mas acho que estou precisando conhecer gente nova. Estar por dentro de uma educação diferente, gostos opostos. Nem tenho motivos para falar isso, porque 2011 começou muito bem para mim. Com muitas oportunidades em relação a tudo.

Sinto muita saudade da minha irmã Simony, que está tão longe de mim.Sinto saudade das nossas conversas, de como ela me entende só no olhar.
Fiquei tão feliz quando o meu pai me ligou dizendo que minha outra irmã, Aninha, vai começar a trabalhar. Adorei mesmo, ela merece.

Eu sei o meu problema. Quero inovar sempre, sabe, mudar mesmo. E isso é em relação a tudo. Acho que estou meio parado no tempo. Ainda bem que estou rodeado de pessoas que me animam. Estou estudando o que gosto e estagiando na minha área. Tá tudo bem, não vou reclamar.

Tenho que parar com essa ansiedade besta e me tocar que tudo vai acontecer quando for para dá certo. Não adianta querer abraçar o mundo com os braços. Um passo de cada vez.
E espero que continue assim, dando sempre tudo muito certo. Se Deus quiser.

Tenho que começar a editar as matérias de A Ponte. Tenho que apressar mesmo, não posso atrasar a revista como aconteceu no semestre passado.
Beijos e abraços, porque o meu trabalho não acaba quando saio do estágio. haha.

Obs: Só frisar que AMO todos os meus amigos, eles sabem disso, mas o que eu queria era conhecer gente nova. Acho que é porque faz um tempão que não faço amizades novas, por isso dessa vontade. Feliz por tudo, tudo mesmo.

domingo, 16 de janeiro de 2011

24 horas de game over

Eu não lembro muito da noite de ontem ( baile de formatura ) que acabou hoje pela manhã. Lembro que eu passei dos limites na bebida. Talvez por isso que eu não recorde. Acordei hoje com uma imensa dor de cabeça e com muita vontade de vomitar. Coloquei o dedo na garganta e não pus quase nada para fora. Ainda não estou recuperado da noite de ontem. Hungover brabo.

Hoje foi o churrasco da turma da Gretinha. Muita gente, muita comida e, para variar, muita bebida. Não bebi hoje, porque tive consciência ( auhauhauhauhauhauh ) de que amanhã tem trabalho. Mas, mesmo assim, foi ótimo. Conheci pessoas novas e legais, revi pessoas ( Daiana ) que não via há um bom tempo .

É isso, Quixadá acabou para mim. É, acabou. Minha irmã já se formou e vai voltar para nossa casa, que não é aqui. Gostei desse tempo que passei em Quixas, tirando os estresses que eu tive com a minha tia. FOI ÓTIMO.

O ano começou muito bom. Muita festa, gente nova, bebidas, noitadas. Nossa! Avant, 2011.

:D